Tipo: montanha-russa com aceleração
Duração: 2 minutos
Tamanho das filas: grande
Filas especiais: Fastpass / Single Rider
Termômetro do medo: 3 de 5 (aceleração, curvas fechadas, escuro)
Possibilidade de ficar molhado: 0 de 5 
Restrição de altura: crianças com menos de 122cm não podem entrar na atração

Enquanto os parques Disney estilo Magic Kingdom em Tóquio e Hong Kong apresentavam layouts e atrações bem similares às versões americanas quando abriram, em Xangai o parque tomou um rumo diferente. A atração TRON Lightcycle Power Run é talvez o maior exemplo disso.

Ela veio para tomar o lugar da Space Mountain como a montanha-russa símbolo da área Tomorrowland. Assim como a icônica atração espacial, esta também trouxe muitas inovações quando inaugurou. A montanha-russa interna, no escuro, tem todo o visual futurista e fluorescente da franquia Tron em seu interior, e carrinhos no formato de motocicleta totalmente inéditos na Disney. É uma experiência como nunca se viu em nenhum parque da empresa, e logo foi eleita uma das melhores atrações do mundo.

O que é Tron?

A gente sabe que a pergunta surgiu na cabeça de muita gente quando ouviu falar deste brinquedo a primeira vez. O filme original, de 1982, virou um cult entre os geeks após seu lançamento. A trama estrelada por Jeff Bridges envolvendo fliperama, computadores, ação e um mundo de neon maravilhoso, estava anos a frente de sua época, e ainda tinha o plus de trazer ótimos efeitos especiais.

Antes da invasão de reboots e sequência tardias invadirem os cinemas, a Disney decidiu reinvestir no longa e lançou sua continuação em 2010. Novamente com Bridges como Kevin Flynn, a estrela aqui é seu filho na trama, que acaba entrando no mesmo mundo de videogame que levou seu pai. Lá ele entra na mesma batalha ininterupta de seu pai, que envolve equipes de cores diferentes disputando o domínio do universo de neon.

A Disney bem que tentou, com muita marketing e divulgação levantar o interesse para o novo filme. Por um lado Tron: O Legado foi bem nas bilheterias e gerou uma série para o Disney Channel. Por outro não marcou o público, que logo esqueceu o longa. Por que, então, a empresa escolheu essa franquia para estrelar uma das maiores atrações de seu maior empreendimento da década? Sinceramente, não sei, e pouco importa.

TRON Lightcycle Power Run é um interessantíssimo caso de atração com storytelling cuja inspiração não importa. É o Splash Mountain da nova geração. Você pode não ligar ou mesmo nem ter ideia de onde a história veio. Mas o visual, história e estrutura do brinquedo vão te conquistar.

A atração em si

Difícil não se sentir atraído de cara pela TRON Lightcycle Power Run e seu visual externo. O prédio já é uma ótima prévia do que encontraremos lá dentro, com sua luz neon que fica ainda mais bela à noite.

Assim que a fila da atração começa a andar, e os visitantes entram no prédio, a diversão começa. Logo somos direcionados para uma pequena sala onde uma contagem regressiva nos indica que estamos prestes a virar miniaturas de nós mesmos para entrar no mundo do videogame. O tempo da contagem acaba e…. BAM! Uma das paredes é na verdade um vidro, e damos de cara com o que nos espera: a montanha-russa acelerando, com todo o universo neon cercando-a. É uma pequena surpresa, mas todos que entram pela primeira vez no brinquedo já ficam maravilhados.

O resto das informações que precisamos saber para curtir a montanha-russa está na fila. Vídeos explicam que estamos num jogo, fazendo parte da equipe azul contra as equipes vermelha, laranja e amarela. Devemos correr em motos desenhadas especialmente para o desafio e passar por grandes círculos com as motos para fazer pontos. Quem passar por oito círculos antes, ganha.

O cenário neon continua impressionante por toda a fila. Até chegar o tão aguardado momento. Hora de literalmente montar na moto e entrar no desafio de Tron. A estrutura da montanha-russa é bem diferente e pouco usual, com carrinhos que simulam uma moto. É o modelo motorbike roller coaster (“montanha-russa de moto”), e há somente 13 atrações desse tipo no mundo.

Cada visitantes senta em sua própria moto. O cast member ensina como se sentar: você encaixa os joelhos primeiro. Depois se curva para frente e puxa o guindão da moto em sua direção. Com isso, uma barra de segurança irá se encaixar gentilmente nas suas costas, garantindo que ninguém caia durante o percurso. Não é totalmente desconfortável, como esperava, mas também não será confortável não. Se a gente parar para analisar, porém, quase toda montanha-russa mais radical não é, com aquelas barras por cima da cabeça apertando nossos ombros.

Depois de devidamente montados, os visitantes vão para o início da atração e para a aceleração inicial – são 97 km/h, a mais rápida montanha-russa de todos os parques Disney no mundo. É incrível, uma sensação bem diferente sentir o vento na cara tão livremente, já que estamos sentados em uma moto. O trecho inicial, logo após a aceleração, é onde tiram nosso foto e vamos para fora do prédio. Porém logo voltamos para dentro, para o escuro e neon azul, e estamos no meio da corrida contra as outras equipes.

O visual não é tudo; a trilha sonora e efeitos sonoros também são maravilhosos, e nos ajudam na imersão deste universo. Se há algo para criticar é somente mesmo a duração. Com dois minutos, a TRON Lightcycle Power Run mal começou e já acabou.

Sim, essa na direita sou eu, animadíssima na TRON Lightcycle Power Run!

A TRON Lightcycle Power Run é o melhor brinquedo do Shanghai Disneyland Park, juntamente com o Pirates of the Caribbean: Battle for the Sunken Treasure. Portanto é concorridíssima. O Fastpass é essencial, pois o Single Rider nem sempre está disponível. Outra opção é correr na hora de abertura do parque para o brinquedo, antes que ele lote. E pegue um Fastpass mesmo assim, já que você com certeza irá querer ir de novo!

Confira o vídeo completo da atração clicando aqui.