Os parques temáticos são especialistas em ilusões. Com luzes, som e efeitos especiais, as atrações muitas vezes nos enganam e nos fazem perguntar: “Como raios eles fizeram isso?!”.

O Parkaholic reuniu 5 dos efeitos especiais que mais nos “enganaram” desde que foram inaugurados nos parques temáticos. Claro, há muitos outros efeitos bacanas nos parques mundo afora, muito dos quais nem conseguimos imaginar como foram realizados, e acabaram ficando de fora da nossa lista…

SPOILER ALERT: Há muitas revelações no post a seguir. Se você prefere não saber os segredos dos bastidores dos parques de diversão, não continue lendo!

5- O Portal para Atlantis de Poseidon’s Fury (Islands of Adventure) 

Quando um sacerdote do mal prende um grupo de excursão dentro da atração Poseidon’s Fury, não parece haver nenhuma saída. “A menos que,” anuncia a voz do sacerdote para os visitantes “vocês encontre o tridente de Poseidon”. Mal sabe ele que encontrar o artefato entre as ruínas do templo só serve para despertar um Guardião de proteção do Templo… Sem muitas opções, os visitantes aceitam a opção oferecida pelo sacerdote, de adentrar ainda mais o templo, em direção à Câmara de Poseidon. No caminho, porém, damos de cara com túnel cercado por um jato d’água em alta velocidade por todos os lados. Você deve atravessá-lo para poder sair do tempo. Como fazer?

Como funciona: O portal para o clímax de Poseidon’s Fury foi um dos elementos que levaram o parque da Universal a ser conhecido como o “parque temático mais avançado tecnologicamente na Terra” quando inaugurado em 1999. Esse efeito acontece ao se esguichar água a incríveis 160 km/h (a velocidade necessária para que a água “grude” na parede do túnel). O efeito é totalmente deslumbrante e destaque absoluto da atração!  O que muitos querem saber é: posso tocar a água? Até pode, mas sua mão será lançada para fora com uma incrível força, correndo o risco de se machucar…

4- Os diversos templos de Indiana Jones Adventure: Temple of the Forbidden Eye (Disneyland Park) 

O deus ancestral Mara concede a todos que visitam o templo um de três presentes: visões do futuro, riquezas terrenas, ou as águas da juventude eterna. Assim que os visitantes entram na atração, eles dão de caras com três portas fechadas, cada uma correspondendo a um dos presentes de Mara. Logo se ouve a marcante voz do deus anunciando qual a porta escolhida, e essa começa a brilhar com mais intensidade do que as outras. Em teoria, a porta à esquerda leva ao Observatório do Futuro. A porta do centro ao cofre lotado de ouro cintilante. E a da direita abre-se para a gruta aquática da Fonte da Juventude.

Escolhida uma das três portas, o carrinho com os visitantes segue em frente para uma das três câmaras, cada um decorado com fontes, afrescos e estátuas que correspondem a sua dádiva. Todos os três também apresentam o rosto de pedra iminente de Mara. Invariavelmente, não importa em qual cômodo seu passeio vá, alguém olha nos olhos do deus, provocando sua ira e, consequentemente, a retirada do presente que ele nos havia oferecido: no cofre de ouro, seu rosto enferruja; na sala de água, ele envelhece; na sala de futuro, o seu terceiro olho fecha com uma trovoada. A câmara começa a ser destruída, e nosso jipe sai em velocidade, rumo em coração ao templo.

Bacana, então quer dizer que cada vez que eu vou no brinquedo, pode ser que vá para um lugar diferente dentro da atração, escolhido randomicamente? Não é bem assim…

Como funciona: a verdade é que só há um caminho em todo o “templo”; a ideia de que há três câmaras não passa de uma ilusão, e o jipe sempre percorre o mesmo caminho dentro da atração. O truque começa na parte em que vemos as três portas à nossa frente. As portas são projetadas, não são reais, e acabam sendo projetadas em ordens diferentes, para você achar que agora está indo para um lugar diferente. Uma vez do outro lado, na dita “câmara”, iluminação, projeções e sons são utilizados de maneiras diferentes para continuar com a ilusão de que estamos cada vez em lugares distintos. Por exemplo, as estátuas de mulheres que derramam vasos de água ficam acesas na câmara de água da Fonte da Juventude, mas se apaga quando “vamos” para outra câmara. Relativamente simples e eficaz, não?

3- Fogo no teto na Revenge of the Mummy (Universal Studios Florida e Universal Studios Hollywood)

A Revenge of the Mummy abriu primeiramente no Universal Studios Florida, onde virou um sucesso instantâneo. E, realmente, a atração era bem inovadora, sendo parte montanha-russa, parte dark ride, e trazendo elementos diversos como fogo, insetos que nos atacam no carrinhos e um dos Audio-Animatronics mais incríveis dos parques de todo mundo, imitando o temível Imhotep. Um dos grandes momentos da atração (que ocorre em horas diferentes da atração, dependendo de qual parque) ocorre quando o teto pega fogo bem encima de nós por alguns segundos, a ponto de sentirmos o calor em nós.

Como funciona: esse truque único é conhecido como “incêndio de cérebro”, por conta da sua aparência “ondulante”, que se parece com lava borbulhante, mas nesse caso de cabeça para baixo e no teto. Ao contrário de outras chamas, esse tipo de fogo se espalha horizontalmente, graças ao uso de gás natural. A temperatura chega a 1760 graus celsius (!) no teto, e a temperatura que chega aos visitantes é de 107 graus – somente três a menos do que é legalmente permitido -, causando a sensação de calor que dura meros segundos, tempo suficiente para acreditarmos que estamos em perigo de verdade.

2- A queda de 40 andares do The Amazing Adventures of Spider-Man (Islands of Adventure e Universal Studios Japan)

A The Amazing Adventures of Spider-Man mistura carrinhos em movimento, simulação e 3D em telas 4K e, por isso, é considerada uma das melhores atrações já criadas para um parque temático no mundo, mesmo quinze anos depois de sua abertura! Os visitantes saem para um passeio noturno como convidados do jornal The Daily Bugle e acabam em meio a uma batalha sem fim entre Homem-Aranha e uma gangue dos mais famosos vilões dos quadrinhos, como Dr. Octopus, Lagarto, Duende Verde e Electro. Em dado momento, estamos no topo de um prédio quando somos jogados do alto de um prédio para uma queda de 400 pés, e a sensação é tão perfeita que, por instantes, acreditamos que vamos realmente nos espatifar no chão, até sermos salvos pelas teias do super-herói.

Como funciona: Apesar das aparências, toda a queda acontece num espaço de poucos centímetros. O sofisticado processo começa com a levitação; o vento, combinado com um conjunto de peças reais que caem à nossa volta e um sutil simulação de “sem gravidade” no carrinho, produzem a sensação surpreendente de que estamos subindo. Da mesma forma, a “queda” ocorre em frente a uma tela de dois andares que envolve totalmente o carrinho, deixando os pilotos completamente imersos para criar a ilusão de queda, mais uma vez com a ajuda de movimentos programados, vento e inclinação. Aqui, bastam alguns efeitos especiais físicos que sua mente faz o restante do trabalho.

1- O baile dos fantasmas na The Haunted Mansion (Disneyland, Magic Kingdom, Tokyo Disneyland) e Phantom Manor (Disneyland Paris)

Um dos segredos mais antigos dos parques Disney, que há anos encanta os visitantes, é explicado em detalhes em outro post do Parkaholic. Confira clicando aqui.