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O que o Disneyland Paris Resort tem de especial a oferecer


Orlando não virou sinônimo de parques temáticos à toa. É a maior agregação de parques temáticos em uma só área em todo mundo. A cidade vive e respira em torno de complexos como o Walt Disney World Resort e Universal Orlando Resort, já que basicamente evoluiu ao que é hoje por conta deles. Não bastasse isto, eu, assim como milhares de brasileiros, fui introduzida à este universo por conta de uma visita à Flórida.

Não dá para culpar quem considera uma visita à esta região da Flórida como o suficiente para conhecer os parques temáticos. Mas acho que já ficou claro para os visitantes recorrentes aqui do Parkaholic que nossa missão é ir além; mostrar que em praticamente toda viagem você pode se deparar com um parque sensacional, uma jóia perdida que acaba ofuscada por Orlando pelo motivos citados acima.

O fascínio por Orlando é tanto que acaba tirando a atenção até mesmo de outros complexos das mesmas empresas que estão localizadas lá. E poucos sofrem tanto desdém por parte dos brasileiros quanto o Disneyland Paris Resort. Como o nome indica, ele fica localizado na França, mas não exatamente em Paris. É preciso fazer uma breve viagem de trem (em torno de 45 minutos, dependendo de onde partir) para se chegar ao complexo de dois parques temáticos, o Disneyland Park Walt Disney Studios Park.

Por que ele é renegado no Brasil? A começar, a concorrência com a própria cidade vizinha é inegável. Orlando tem seus atrativos fora os parques, sim, mas não chega perto do que Paris tem a oferecer. O outro motivo tem a ver com o histórico do próprio complexo. Sua inauguração em 1992 foi cercada de preconceito pela indústria, que acreditava que a Disney e sua visão americana do mundo não se encaixariam com a França. Com isso, o resort demorou a evoluir e ganhar a confiança dos visitantes. Não ajudou o fato de que algumas péssimas decisões foram tomadas nestes últimos anos, que em nada ajudaram o Disneyland Paris Resort.

Mas o passado é o passado. Desde 2015 o complexo lançou um extensivo plano de melhorias e novidades, para chegar aos seus 25 anos reformulado, moderno e melhor do que nunca. Sim, 2017 é o ano para começar a planejar uma viagem ao Disneyland Paris Resort e acabar de vez com esta besteira de que não vale a pena tirar alguns dias de sua sonhada férias à França para conhecer os parques de lá.

Visão geral dos parques

Castelo menor

Localizados um ao lado do outro, o Disneyland Park Walt Disney Studios Park estão em sinergia total, complementando-se e tornando obrigatória a visita a ambos numa visita ao resort. O primeiro é o típico parque estilo Magic Kingdom, com seu castelo magnífico ao centro – o mais bonito da Disney no mundo, na minha opinião – e suas áreas que tanto amamos: Fantasyland, Adventureland, Frontierland, Main Street U.S.A. e Discoveryland (a Tomorrowland deles).

Já o segundo é pequenino, mas cresceu em importância por ter uma leva de atrações únicas dele. Voltado ao mundo do cinema como o Disney Hollywood Studios na Flórida, cada vez mais ele se tornou o lar de áreas e brinquedos inspirados pela Pixar. Tem Toy Story, Procurando Nemo, Carros Ratatouille.

As atrações

Space Mountain 2

Se o Disneyland Park segue a linha dos parques Magic Kingdom, não poderia deixar de trazer algumas de suas atrações clássicas. Porém com versões alternativas – e até melhoradas – dos originais nos Estados Unidos. Este é um exercício que recomendo aos parkaholics veteranos. Não deixe de ir num brinquedo porque já foi nele em outro parque. Vá, perceba as diferenças no prédio exterior, na fila, na atração em si. Às vezes o que parece um clone à primeira vista se torna uma experiência totalmente diferente.

É isto que acontece com a Big Thunder Mountain, principal atração da Frontierland daqui. Ela fica numa ilha no meio da área. Para chegar até ela, no início e fim do percurso atravessamos longos túneis, tornando-a mais longa e diferente do restante. Com os detalhes e melhorias adicionados durante a reformulação que acabou de terminar, para mim é a melhor versão da Big Thunder que já fui – só falta a da Tokyo Disneyland…

Este é um exercício que recomendo aos parkaholics veteranos. Não deixe de ir num brinquedo porque já foi nele em outro parque. Vá, perceba as diferenças no prédio exterior, na fila, na atração em si. Às vezes o que parece um clone à primeira vista se torna uma experiência totalmente diferente.

The Haunted Mansion vira a Phantom Manor no Disneyland Park, e também é bem diferente das versões no Magic Kingdom e Disneyland. Já it’s a small world, Les Voyages de Pinocchio Blanche-Neige et les Sept Nains (dark rides do Pinóquio Branca de Neve e os Sete Anões, respectivamente) são sim clones dos originais. Porém de cara nova para os 25 anos, com pinturas frescas e efeitos funcionando perfeitamente.

Por fim, a Space Mountain recebeu uma continuação neste parque. Atualmente, ela passa por reformas e vai se tornar a montanha-russa de Star Wars, Hyperspace Mountain. Ao contrário das versões em Hong Kong e Califórnia, esta vai manter a aceleração no início, tornando-a única no mundo a partir de 6 de maio.

Esta não é a única atração única. Neste parque, há uma montanha-russa simples, porém gostosa de ir do Indiana Jones (Indiana Jones and the Temple of Peril), e diversos walkthroughs tematizados, como o de Aladdin 20.000 Léguas Submarinas. O destaque neste quesito é o La Tanière du Dragon, um fosso abaixo do castelo que aprisiona um grandioso dragão de Audio-Animatronics!

No Walt Disney Studios Park, os tais brinquedos repetidos infelizmente não estão em sua melhor versão. Os favoritos do público Rock ‘n’ Roller Coaster starring Aerosmith The Twilight Zone Tower of Terror estão aqui como no Disney Hollywood Studios, porém em versões inferiores – especialmente a montanha-russa. Falando neste parque de Orlando, duas atrações extintas de lá ainda podem ser conferidas aqui: o fantástico show com acrobacias de carro Moteurs… Action! e o passeio por estúdios Studio Tram Tour.

Crushs Coaster menor

Seu foco neste parque deve ser mesmo em tudo que envolve Pixar. A montanha-russa Crush’s Coaster é estrelada pela tartaruga surfista e é totalmente diferente de tudo que a Disney já fez; você monta no casco dela e, após um trecho estilo dark ride, o percurso simula o movimento das correntes marítimas. Tudo no carrinho que gira em si mesmo o tempo todo.

Já a Ratatouille The Adventure é a evolução das dark rides. Ela utiliza carrinhos que não ficam presos a trilhos, e sim movimentados por sensores através de um LPS (Local Positioning System, similar ao GPS). Além disso, tem enormes telões 3D, cheiros de comida e outros efeitos para nos colocar na pele do ratinho Remy.

Além dos parques

Assim como o Disney Springs, o complexo conta com um centro de compras e restaurantes. O Disney Village é pequeno e tem o básico. A World of Disney é a loja grandona de tudo relacionado à Disney. Há um Planet Hollywood no formato antigo, complexo de cinema, loja Lego, entre outros. Nada sensacional, mas tem o mínimo necessário para este tipo de empreendimento – similar ao do complexo da Califórnia, por exemplo.

E por ele também que os hóspedes passam para ir aos hotéis Disney. Esta é uma enorme vantagem em relação à Orlando. Todos estão próximos o bastante para irmos à pé e, ao contrário de Califórnia, Hong Kong, Tóquio e Xangai, há mais ofertas, para todos os tipos e bolsos.

Mas afinal, é Disney mesmo?

IMG_7316

Adoro esta pergunta recorrente, que se repete toda vez que menciono um complexo Disney fora de Orlando (até o original Disneyland recebe este questionamento!). No caso do Disneyland Paris Resort, é o mais similar ao que encontramos nos EUA se comparado aos complexos asiáticos.

O francês é a língua principal nos parques. Em uma ou outra atração o visitante pode sentir que não está entendendo tudo por conta do idioma. Mas o inglês é priorizado o tempo todo. Quando não é a língua principal, ele é intercalado com o francês, para atender a todo tipo de visitante.

Os cast members recebem o mesmo treinamento padrão Disney aqui. São educados, atenciosos, falam inglês (alguns melhores do que outros) e vão te fazer sentir em casa. O mesmo acontece com o parque em si, limpo, tematizado e com cara 100% Disney.

O único porém neste quesito seria um serviço geral um pouco pior no complexo. Estou levando em consideração que a Disney oferece um dos melhores serviços do mundo em Orlando e Califórnia, e ele perde um pouquinho da perfeição aqui. Uma ou outra informação incompleta; um horário de show errado, e loads menos eficientes na atração é o que você pode ver por aqui. E só. Não é para sair imaginando que você pagou por um nível Disney e vai receber um nível parque temático de esquina caindo aos pedaços…

Por fim, vale mencionar a maior presença de cigarros no parque. Os franceses têm a fama de fumantes inverterados, e muitas vezes não restringem o hábito às áreas delimitadas para isto nos parques. Não chega a atrapalhar para mim, mas sei que tem muita gente que abomina o cheiro e talvez possa se incomodar.

Estamos longe de terminar nossa cobertura sobre o Disneyland Paris Resort! Todas as atrações citadas no texto vão ganhar suas próprias reviews, além de restaurantes e muito mais. Para se aprofundar um pouco mais enquanto eles não chegam, temos alguns vídeos do complexo no “Parkaholic na Europa”, no nosso canal do YouTube:

 

 


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