A experiência de andar numa montanha-russa VR pela primeira vez
A tendência ficou conhecida com o Six Flags. A empresa começou a apostar na realidade virtual (virtual reality ou VR) no início do ano passado. Não demorou para que diversos parques Six Flags ganhassem a tecnologia em suas montanhas-russas, e para que outras empresas seguissem o mesmo caminho. Depois de um ano de curiosidade e ansiedade, tive a oportunidade de finalmente experimentar uma montanha-russa VR no precursor de tudo isso, o Europa-Park, e conto aqui tudo da experiência única.
O segundo parque mais visitado do continente europeu foi o primeiro a colocar VR em uma atração deste tipo, em setembro de 2015. A escolhida foi a Alpenexpress, mais antiga do parque. Uma montanha-russa para a família, ela fica na área da Áustria desde 1984. E foi nela que comecei a minha experiência.
Como nos outros parques que possuem a tecnologia, a escolha de utilizar os óculos são opcionais. Por isso, decidi ir uma vez na Alpenexpress de maneira normal, para realmente sentir as diferenças com e sem o óculos. Para os fãs de atrações radicais, esta não é para vocês. E talvez até por isso o Europa-Park tenha decidido que uma renovação como esta poderia ajudar na sua popularidade no parque, com suas outras 12 montanhas-russas. Ela lembra uma Big Thunder Mountain Railroad, tranquila, com mais curvas do que quedas, loopings, parafusos ou coisas do gênero. Tem uma parte interna também, por uma mina, e repete duas vezes seu trajeto para torná-la mais comprida.
Saí e retornei em seguida para a versão VR. A entrada das duas ficam uma ao lado da outra. A principal diferença é logo na entrada, com um CAIXA para comprar o tíquete do VR. Isso mesmo. No Europa-Park a tecnologia não está inclusa no preço do ingresso, e deve ser paga a parte; 2 euros por ida (cerca de 7 reais). O ingresso do parque é mais barato do que uma Disney da vida, mas dá uma brochada ter que desembolsar um extra para curtir algo que em outros parques oferecem gratuitamente. Mas o Parkaholic está aqui para isso, e pagamos para entrar.
A Alpenexpress Coastiality tem duas experiências de VR para você escolher: uma mais infantil, estrelada pelos personagens do parque e que se passa numa mina também (na imagem acima); outra que simula um voo de avião. A escolha deve ser feita já na hora de comprar o ingresso. Na hora de coletar o óculos Samsung, ele virá com o vídeo específico escolhido.
Depois da decepção do pagamento, veio a primeira boa notícia. Os óculos são bem confortáveis. Mesmo. Não sei como funciona para pessoas que utilizam óculos de grau, mas para quem não usa ele tem uma espuma confortável na borda, que se encaixa totalmente no rosto. É um pouco pesado, mas não fica caindo ou incomodando.
O embarque é feito junto com o pessoal que não vai de VR. O carrinho foi dividido em duas seções; os visitantes sem VR vão na frente, e o restante na parte de trás. O que é ótimo, já que não aumenta a fila para nenhum dos dois.
Na hora do passeio, outra boa surpresa. A experiência é imersiva, como ela promete. Mesmo com animações simples (testamos os dois filmes), ela é totalmente sincronizada com o trajeto da montanha-russa. O que você sente numa curva é simulado no filme com uma curva no trem da mina ou do avião, dependendo do cenário. É uma sensação libertadora, como um verdadeiro simulador deve sempre oferecer, e que vale o furor que tem causado na indústria dos parques.
É muito bacana tentar, durante o trajeto, vira sua cabeça em todas as direções, e ver que o mundo criado para a experiência não é limitado. Ele se estende em todas as direções, para ajudar o visitante a se sentir transportado para outro lugar.
Depois foi a vez de ir para a área da Grécia, onde fica a segunda montanha-russa VR desde 2016. A Pegasus segue uma pegada parecida com a Alpenexpress, familiar e sem grandes emoções, porém sem uma parte interna. A experiência também foi bem similar, com a realidade virtual dando uma nova dimensão ao percurso. Desta vez, o cenário envolve uma bruxa e família de visitantes, que também estrelam um dos filmes 4D na área da França. É interessante ver que o Europa-Park está tentando criar uma narrativa única que se estende por várias atrações, já que a história aqui é uma continuação direta do que vemos no filme Happy Family 4D. Para quem não pegou a ideia, o cenário é simples e direto o bastante para entender mesmo sem saber que se tratam dos mesmos personagens.
O VR é unanimidade? Com certeza não. Como em vários simuladores, cada pessoa vai ter uma reação diferente. Meu marido que me acompanhava, por exemplo, e vai numa boa em todo tipo de atração radical, enjoou um pouco no VR da Alpenexpress. Mas vale a pena testar, e o Europa-Park é uma ótima opção, com VR menos radicais do que nos parques Six Flags.
- 22 de May de 2017
- Alpenexpress, Europa-Park, montanha-russa, Montanha-russa VR, Parkaholic na Europa, Pegasus, realidade virtual, Six Flags, VR
Leila
22 de maio de 2017Experimentei a montanha russa com VR no Parque Warner (madrid). Adorei a idéia, apesar de ter ficado também um pouco enjoada. Lá a entrada é de graça, e quando fui, estava 30/40 min de fila para quem estava sem VR contra fila nenhuma para quem estava com o VR,pois era muito mal sinalizado, porém, adorei a experiência de ir primeiro sem o VR e depois com o VR... Ahh, o tema (assim como da montanha russa) era do batman, vc sobrevoava Gotham.
Adoro seu blog e tbm sou uma parkaholic.. estou adorando vc estar focando nos parques da Europa, pois também moro por aqui (Lisboa).
Estou muito interessada em saber sobre o parque da Ferrari que inaugurou próximo a Barcelona.
Bjs
Renata Primavera
23 de maio de 2017Adorei seu comentário, Leila! E muito obrigada pelos elogios! :)
Se tudo der certo, vamos em breve conferir o parque novo da Ferrari