SeaWorld planeja futuro com expansão internacional
O primeiro trimestre de 2017 não foi fácil para o SeaWorld Entertainment. A empresa teve uma queda de 15% no número de visitantes em seus parques; e também em sua receita, com uma perda líquida de 61 milhões de dólares. Mas ela já espera reveter o cenário neste próximo trimestre, e a longo prazo, com sua expansão para o continente queridinho do momento dos parques temáticos, a Ásia.
Ainda em 2017, o cenário é de novidades nos parques do grupo. Em Orlando, a montanha-russa Kraken vai ganhar sua versão VR (de realidade virtual) com o nome Kraken Unleashed, tornando-se a primeira do grupo de parques neste formato. Outros parques espalhados pelos EUA também receberão adições (e que estão explicadas em detalhes neste post).
SeaWorld mundo afora
Porém, as coisas começam a ficar realmente interessantes para o SeaWorld no futuro. Um plano meticulosamente articulado está em andamento para melhorar a rentabilidade da empresa e inicar sua expansão mundial inédita. Entre as iniciativas já divulgadas pelo grupo, destacamos:
- Valor de ingressos – por 40 anos o SeaWorld tentou manter seus ingressos no mesmo patamar de valores da Disney e Universal, segundo os executivos da empresa. Isso está mudando agora, graças em parte ao fato de que ela não está realizando os grandes projetos das concorrentes, na casa de milhões de dólares (caso da área Pandora: The World of Avatar e do parque aquático Volcano Bay, somente para citar exemplos de 2017). É uma simples matemática de negócios: por não gastar tanto, o SeaWorld não precisar recuperar este dinheiro de maneira agressiva e/ou rápida;
- Aumento de gastos por visitante – o SeaWorld Orlando e seus parques anexos na região da Flórida podem não receber o mesmo número de visitantes quanto seus concorrentes. Mas se eles conseguirem convencer estes mesmos visitantes a gastar mais em alimentos e mercadorias dentro dos parques, o lucro só tende a aumentar. Esta é precisamente a razão pela qual o evento Seven Seas Food Festival foi trazido para Orlando pela primeira vez este ano – e foi estendido por mais tempo;
- Fazer mais com as atrações utilizando menos – por gastar menos em seus novos brinquedos e shows, a empresa pode não somente manter os ingressos num valor baixo, mas também acaba gastando menos tempo com o desenvolvimento e tempo de construção (como no caso de uma atração VR, por exemplo). O SeaWorld leva atualmente cerca de um ano e meio para instalar uma nova atração – metade do que a média da indústria dos parques temáticos. A empresa pretende diminuir a competição com os grandes nomes, inaugurando estes novos brinquedos e/ou shows no início do ano, e não durante o verão norte-americano, como é o usual (similar ao que o Universal Studios fez com a Race Through New York Starring Jimmy Fallon agora em abril);
- Mais parques internacionais, especialmente na China – no final do ano passado, o SeaWorld Abu Dhabi (o primeiro parque SeaWorld fora dos EUA) foi anunciado inesperadamente. Isso é apenas o começo. Com o Oriente Médio e a China representando enormes mercados que ainda não foram totalmente desenvolvidos pelos grupos de parques temáticos, na próxima década devemos ver mais SeaWorld nestas regiões – especialmente com 21% da empresa agora propriedade do grupo chinês Zhonghong;
- Hoteis próprios na Flórida – apesar de ser um plano embrionário, o SeaWorld possui terra suficiente em Orlando para construir cinco hoteis no local, e pretende fazer justamente isso, assim que puder (leia-se: tiver dinheiro).
- 17 de May de 2017
- Kraken, SeaWorld, SeaWorld Abu Dhabi, SeaWorld na China, SeaWorld Orlando