Tipo: splash
Duração: 5 minutos e meio
Tamanho das filas: pequeno
Filas especiais: Single Rider / Front of Line
Termômetro do medo: 2,5 de 5 (dinossauros, escuro, queda)
Possibilidade de ficar molhado: 4 de 5 (antes mesmo da queda final há splash pela atração, então cuidado!)
Restrição de altura: crianças com menos de 107cm não podem entrar na atração

Steven Spielberg é um homem de visão. Seu talento para entender o que o público quer se traduz em dezenas de blockbusteres nos cinemas. O cineasta, porém, vai muito além e dá seus palpites também na construção de novos brinquedos dos parques Universal, muitos deles baseados em seus próprios longas, caso desse Jurassic Park The Ride.

A bem-sucedida parceria entre ambos começou em 1987 e irá perdurar até pelo menos 2016. No meio tempo, ela rendeu inúmeros sucessos para todos os parques Universal pelo mundo, mas também ajudou o próprio Spielberg em seus projetos para o cinema. A Jurassic Park The Ride, por exemplo, foi o ponto de partida para o uso de Audio-Animatronics no filme, já que a atração começou a ser desenvolvida mais de três anos antes do longa!

Quando o livro homônimo escrito por Michael Crichton foi lançando em 1990, Spielberg contatou a Universal, dizendo que “o livro daria um ótimo brinquedo”. Os direitos foram adquiridos, e rapidamente se iniciaram os trabalhos de design para a atração. Originalmente, a mesma grande cena de ação do filme, em que o Tiranossauro Rex ataca o grupo nos jeeps, seria a base de toda a Jurassic Park The Ride. Porém, o engenheiro responsável pelo projeto logo percebeu que não seria possível colocar o T-Rex para correr atrás dos visitantes ou rasgar o pneu.

A solução foi utilizar outra ótima cena do livro – que não foi parar nas telas-, com os dinossauros perseguindo os personagens enquanto eles flutuam num barco rio abaixo. “Com uma atração de barcos, nós poderíamos criar nossa ‘própria’ história, que teria o mesmo tom e personalidade do filme, mas acrescentando algumas surpresas. Não devemos recriar o filme, porque nada será tão bom quanto o que teremos no filme”, afirmou o engenheiro à Spielberg, que concordou e aprovou o projeto.

Nesse processo, tanto da atração quanto do filme em si, o diretor conversou com Bob Gurr, responsável nada menos pelo gigante Animatronics de King Kong na extinta Kongfrontation (relembre a atração nesse post). O resultado final do longa é uma mistura dos bonecos animados com efeitos em computação gráfica inéditos à época. A atração não teria a mesma sorte, e teria que contar somente com Animatronics de última geração para impressionar os visitantes. Por isso, no final das contas a Jurassic Park The Ride custou inacreditáveis 110 milhões de dólares para ser construída, quase o dobro do que custou o longa (singelos 63 milhões).

Jurassic Park em Hollywood

Para quem já foi na versão posterior da atração no Islands of Adventures, saiba que ela é um clone praticamente idêntico da que fica no Universal Studios Hollywood. A fila, bem sem graça, é a mesma, e dá na estação de embarque nos barcos com capacidade para 25 pessoas (5 por fileira). O passeio começa com o lindo tema do filme tocado em alto e bom som enquanto atravessamos o icônico portão do Jurassic Park e chegamos à morada de diversos dinossauros “do bem” – vegetarianos -, como os Stegosaurus e Ultrasaurus.

As coisas começam a dar errado quando vemos a área de isolamento dos perigosíssimos Velociraptors toda danificada, seguida por dinossauros atacando os restos de um barco igual ao que estamos. Quando nos aproximamos do prédio da atração, um jeep que está na plataforma acima quase cai em nós, assustando a todos os visitantes (no equivalente em Orlando, o efeito é feito com uma caixa “contendo” um dinossauro. Ponto para versão de Hollywood aqui!).

Recebemos um aviso de uma voz no alto-falante que vão tentar uma evacuação de emergência. Enquanto isso, subimos, subimos e subimos no prédio quase no escuro, atacados por Velociraptors nos dois lados. Já no topo do prédio, a garra e cabeça de um T-Rex sai em nossa direção vinda do alto e, quando pensamos que estamos seguros, somos atacados mais uma vez pelo enorme dinossauro, que sai do meio de uma cachoeira em nossa frente; esse é o momento da grande queda, de 26 metros de altura, que irá encharcar especialmente os visitantes sentados na primeira fileira e nas laterais!