Mystic Manor (Hong Kong Disneyland – Mystic Point)
Tipo: dark ride Duração: 5 minutos e 30 seconds Tamanho das filas: pequeno a médio Filas especiais: nenhuma Termômetro do medo: 0,5 de 5 (escuro, trovoadas e efeitos especiais) Possibilidade de ficar molhado: 0 de 5
Quando algo faz muito barulho, com todo mundo elogiando e recomendando para você, dá até um receio de conferir para ver se é tudo aquilo mesmo. Já tiveram esta sensação com um filme e série? Pois eu sempre tenho esta sensação quando visito um parque temático novo. Especialmente se ele tem uma atração considerada como uma das melhores do mundo. Foi assim que me senti quando pisei na Hong Kong Disneyland, lar da elogiadíssima dark ride Mystic Manor.
A linda mansão do parque pode ter um nome diferente, mas possui um parentesco ilustre nos parques Disney. É como se fosse uma prima distante da clássica The Haunted Mansion, presente hoje em quatro dos seis complexos Disney no mundo – exceto o já mencionado de Hong Kong e na Shanghai Disneyland (um dos poucos pontos negativos deste parque na minha opinião). Existem semelhanças entre as atrações sim. Porém são poucas e, quer saber? Ainda bem. A Mystic Manor substituiu o sobrenatural fantasmagórico da “prima” por uma nova história, que te pega logo na primeira ida, e torna todo o hype em volta da atração válido. Que brinquedo incrível!
Lorde Henry Mystic
Ao contrário de muitas atrações, a tal nova história da Mystic Manor não fica relegada a um segundo plano. Ela vai sendo introduzida na fila do brinquedo, depois no rápido (e necessário) pré-show e no início do percurso em si. Difícil passar incólume e não entender o que vai acontecer com você dentro daquela estranha e magnífica mansão.
O casarão foi construído por Lorde Henry Mystic. Membro da Sociedade de Exploradores e Aventureiros, ele é um ávido explorador que, em suas diversas expedições pelo mundo, angariou uma série de artefatos curiosos das mais intrigantes origens. Quando Mystic decidiu que era hora de se aposentar, construiu a tal mansão para expor seus preciosos tesouros aos visitantes. Não sem ajuda, porém. Em uma de suas viagens, ele salvou o lindinho macaco Albert de uma aranha gigante em algum lugar na selva africana, e agora ele é seu fiel companheiro.
Entrando na mansão
Depois de passar uns bons minutos admirando a Mystic Manor por fora (ela é hipnozante, mesmo), é hora de entrar na atração. Como comentamos acimas, a fila já te coloca num dos cômodos da casa, uma galeria de exposição com fotografias do Lorde Mystic em suas viagens. Há também imagens da abertura da própria mansão em 1896, e um retrato com membros da S.E.A., datado de 1899.
Após ir a primeira vez, quando você retorna ao brinquedo (e acredite, você vai querer voltar) a vontade de conferir cada quadro aumenta, já que quase tudo que está exposto na fila vai ser apresentado durante a atração. É como uma coleção de easter eggs da própria atração.
Em seguida, o próprio anfitrião nos apresenta um curto show de slides para contar rapidamente o porquê da nossa visita. Até que é interrompido pelo levado Albert. Numa versão Audio-Animatronics das mais perfeitas da Disney, ele vai te conquistar neste primeiro minuto. E também deixar claro que as chances de algo dar errado em nosso passeio pela mansão são grandes, pois o macaquinho é fascinado por um artefato que, dizem, ser amaldiçoado; se enconstar nele, todos os objetos a sua volta ganham vida.
Prazer, carrinhos magnéticos
Nosso passeio finalmente começa, com os visitantes entrando em uma das quatros pequenas carruagens que nos levarão no tour pela casa. Tematizadas com o mesmo visual do brinquedo, o carrinho tem a tecnologia de trilhos invisíveis que já citamos diversas vezes aqui no Parkaholic. Ele anda e gira livremente graças aos imãs localizados debaixo do piso, um excelente exemplo da tecnologia funcionado a favor da história da atração.
Isto porque o passeio começa, Lorde Mystic aparece – em outro Audio-Animatronic impecável – junto com Albert. Como imaginávamos, o macaquinho encosta no tal artefato misterioso, e a Mystic Manor se torna um passeio aleatório e louco, cheio de cômodos malucos com os tesouros do Lorde ganhando vida.
Dependendo de qual dos quatro carrinhos você entrou, sua posição e percurso muda durante a atração. Dois deles vão para um lado e curtem uma das salas, enquanto os outros vão por outro caminho, curtir outras coisas. O carrinho da frente entra primeiro num cômodo e vê um detalhe que o último não virá. Assim como este vai ficar mais tempo em um lugar e ver algo que o primeiro carrinho não viu, e por aí vai. É o tipo de coisa difícil de descrever, mas que flui lindamente durante o brinquedo.
O melhor de tudo é que Albert nos acompanha em cada momento da atração. Ele é atacado por plantas outrora inofensiva, que se tornaram carnívoras. Ou na sala de armas um canhão quase nos explode, junto com Albert. É um efeito especial atrás do outro. Numa sala somos levados a um frio intenso, e sentimos na pele a mudança de temperatura. Uma chuva de flechas vem em nossa direção no cômodo africano, e parece que elas estão vindo mesmo em nossa direção. São efeitos simples que, aliados a uma tematização rica e uma música contagiante, dão à Mystic Manor a merecida fama que ela tem.
Depois de um deslumbrante final (não vou contar para não estragar a surpresa), é hora de sair pela costumeira The Archives Shop, lojinha ao fim de atração. E, se você for como eu, comprar algo do Albert, o melhor personagem que você (ainda) nãoconhece da Disney.
Gravamos alguns dos melhores momentos da Mystic Manor na nossa viagem do Parkaholic na Ásia. Ela é escura e se mexe bastante, mas acho que dá para dar uma ideia de tudo que elogiamos no post:
- 4 de May de 2017
- Disney, Disney em Hong Kong, Hong Kong, Hong Kong Disneyland, Mystic Manor, Mystic Point, SEA, Sociedade de Exploradores e Aventureiros