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Afinal, é fácil planejar uma viagem ao Shanghai Disney Resort?


Desde que começamos nossa cobertura da inauguração do Shanghai Disneyland Park como parte do projeto #ParkaholicNaÁsia, as reações dos leitores foram quase sempre a mesma: “Que parque incrível! Pena que é tão longe/difícil ir pra China, e eu nunca vou conhecê-lo…”. Mas será mesmo? Será que seu sonho de conhecer esse parque incrível (e possivelmente dar uma parada nos vizinhos Hong Kong e Tokyo Disney Resort) é tão inalcançável?

Preparamos esse guia com o que você precisa saber para considerar uma viagem à Xangai para conhecer o Shanghai Disney Resort e poder ver de pertinho um dos melhores parques temáticos da atualidade. É mais fácil e barato do que imagina…

 

Passo 1 – Comprar as passagens aéreas

Para muitos de vocês, esse é o grande gargalo de toda viagem internacional, não é mesmo? Vamos ser sinceros: para a China, isso também é verdadeiro, mas está longe de ser o fim do mundo que muitos imaginam, especialmente se você mora em São Paulo e região.

Primeiro porque muitas companhias aéreas fazem o trecho SP-Xangai. A Air China é a principal delas, e costuma fazer o trecho com escala em Madri ou Frankfurt. Há também opções pela Emirates via Dubai, Air Canada via Toronto e muitas mais, incluindo com duas escalas (se você tiver paciência para tanto…). Tantas ofertas levam a concorrência, disputa por passageiros, preços mais baixos e também promocionais.

Com isso, é possível encontrar uma grande, GRANDE variedade de preços quando der uma busca em sites como Decolar, Submarino Viagens e afins. Pesquise bem e, se puder variar as datas de ida e volta faça-o, e tem chances de encontrar algo dentro do seu orçamento.

Quer um exemplo? Nossa viagem inicial, marcada entre os dias 7 e 21 de junho, tinha o itinerário SP – Toronto – Xangai pela Air Canada e saiu por R$2400 reais, já com taxas, podendo ser paga em até 5x sem juros. Não é de graça, mas aposto que era bem menor que você esperava. Muita gente que conheço já pagou isso para um voo até Los Angeles ou Europa e, considerando que seriam dois voos de 11h em média e as moedas estrangeiras no geral estão caríssimas, é um valor justo.

Hoje mesmo, fazendo uma busca para viagens de duas semanas em setembro ou outubro desse ano, é possível encontrar voos por menos de R$ 2800 para lá.

Claro, se você mora em outras cidades e estados, terá que colocar um novo voo ou viagem de carro na conta. Provavelmente faria isso também para muitos destinos internacionais, então é um gasto que já deve contabilizar quando vai viajar para um destino um pouco mais, digamos, exótico do que as grandes cidades turísticas dos Estados Unidos.

Passo 2 – Reservar os hotéis

Aqui começamos a dar mais boas notícias. A China é barata, gente. Mesmo. Comida, transporte, e também hotéis! Para um casal ficar num hotel 3 estrelas por 7 noites em Xangai sai em torno de R$1400, ou seja, R$ 200 por dia. Graças a extensa malha metroviária da cidade, com 500km de extensão (para se ter uma ideia, São Paulo tem 79!), é possível escolher o hotel de acordo com o preço que deseja, e o metrô vai te levar para qualquer lugar, incluindo o Shanghai Disney Resort, que possui sua própria estação!

Se for usuário regular do Airbnb, saiba que há muitas opções em Xangai lá também, com ótimos preços, e o mesmo é válido para albergues.

Passo 3 – Tirar o visto chinês

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Medo de ir para um país comunista? Pois tirar o visto chinês é muito mais tranquilo do que o para os Estados Unidos e Canadá.

Sua principal preocupação será fazer os passos 1 e 2 antes de dar entrada no seu visto, já que as reservas de passagem e hotel, além do passaporte e foto 3×4, são os principais documentos que precisará levar para tirar o visto de turismo (tipo L). O outro é um Formulário de Pedido de Visto preenchido, de 5 páginas, que não possui perguntas complexas ou extensas. É o básico “nome, endereço, já foi preso em sua vida” que, quem já viajou, preenche tranquilamente.

O único diferencial nessa parte é que, ao contrário de outros países, o visto para turismo da China é dado por entradas ao país e com tempo limitado. São essas as opções:

  • Uma entrada, válido por 3 meses a partir da data da emissão – R$160
  • Duas entradas, válido por 3 a 6 meses a partir da emissão – R$240
  • Múltiplas entradas, válido por 6 meses a partir da emissão – R$320
  • Múltiplas entradas, válido por 1 ano a partir da emissão – R$480

No nosso caso, como faríamos um “bate-volta” para Hong Kong na viagem, tivemos que pedir o de Duas Entradas (HK e Macau fazem parte da China, mas são considerados independentes, então é como se você estivesse saindo do país). Se decidir fazer uma ida ao Japão e retornar à China, o mesmo se aplica.

O mais bacana é que não é necessário agendar nada nesse processo. Em São Paulo, o Consulado Geral da República Popular da China fica nos Jardins e funciona de segunda a sexta, das 9h às 12h. Basta aparecer lá com seus documentos, sem hora marcada, que será atendido. No dia em que fomos, parece exagero, mas o processo todo demorou oito minutos do horário em que paramos o carro no estacionamento duas casas ao lado e nosso retorno (deu para conferir certinho por conta do papel do estacionamento!). Praticamente não houve entrevista, apenas duas perguntas e só.

Você sai de lá com um papel para pagar seu visto no Banco Santander, em dinheiro, no caixa – assim mesmo, tem que seguir à risca essa instrução – e em 5 dias úteis pode voltar ao Consulado para retirar o visto. Se estiver com mais pressa, há uma Taxa de Urgência, de R$90, para retirar em 2 dias úteis. Rápido, direto e reto.

Há também um consulado no Rio de Janeiro, que segue o mesmo procedimento. Se for de outro estado, novamente o trabalho é maior, pois terá que viajar para um desses lugares para tirar o seu, seguindo essa regra da China:

A área da jurisdição consular do Consulado-Geral em São Paulo compreende os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A área da jurisdição consular do Consulado-Geral no Rio de Janeiro compreende os estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Outros estados, a consultar.”

Passo 4 – Comprar as entradas

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Há dois tipos de entrada até o momento para o Shanghai Disneyland Park: 1 dia ou 2 dias consecutivos. Elas saem por em torno de R$251 ou R$478, respectivamente, e podem ser adquiridas no site oficial do resort.

Para se ter uma ideia, esse valor é quase METADE do que você gastaria para a mesma quantidade de dias no Walt Disney World Resort na Flórida, e podem diminuir no futuro, já que, em Xangai, eles utilizam a precificação de acordo com a demanda. Quando estiver em baixa temporada, a tendência é que o ingresso fique mais barato – a Disney ainda não anunciou oficialmente quais serão esses preços.

Depois basta levar seu ingresso impresso ou baixar o app oficial e apresentar na catraca do parque, que eles trocarão pelo ingresso físico.

Passo 5 – Outros gastos

Como dissemos antes, a China é barata. Mesmo dentro do Shanghai Disneyland Park, que tem valores para comida e compras acima da média local, tudo é mais barato do que nos Estados Unidos com seu dólar em alta. Com 250 reais por dia é possível almoçar e jantar (nada de restaurantes requintados, mas nos de rua ou McDonald’s, Burger Kings e KFCs da vida), passear nos outros pontos turísticos e talvez até sobre um troco para comprar alguma bugiganga ou lembrancinha.

O metrô, além de estar em todos os lugares, é barato. O bilhete de um dia, que dá direito a embarcar na linha sem limites por até 24h, custa cerca de R$10, e a versão para 72h sai por R$35. E dá para pegar Uber também, mais barato que o táxi, como no Brasil.

Passo 6 – Prepare-se para o mandarim (ou falta de inglês)

Aqui vai um choque de realidade e o grande porém dessa lista. Ir à Xangai não é para iniciantes. Você precisa de um pouco de jogo de cintura e traquejo de viajante para visitar a China, já que grande parte da população fala pouco ou nenhum inglês. A sinalização ajuda, e muito. Todas as placas de rua, avisos visuais e sonoros no metrô estão em mandarim e inglês, completo e fácil de entender. Mas, para pedir ajudar na rua, no hotel ou até mesmo dentro do Shanghai Disneyland Park, vai ser mais complicado. Então prepare-se com muita pesquisa antes da viagem, que ajuda no processo – além da boa e velha mímica…

 

No final das contas…

… fazendo uma conta por cima dos gastos citados acima temos, para 7 dias de viagem para 1 pessoa em Xangai, com 2 dias de Shanghai Disneyland Park e visitas por toda a cidade:

R$2600 passagem aérea + R$700 hotel + R$160 visto + R$100 transporte + R$481 ingressos + R$1750 alimentação, outros passeios turísticos e comprinhas = em torno de R$5700 para realizar seu sonho de conhecer o Shanghai Disney Resort e Xangai.

Novamente, uma busca rápida por pacotes em Orlando para o mesmo período (setembro ou outubro) por 7 dias para uma semana sai:

R$ 2900 passagem aérea (com escala) + hotel 3 estrelas + R$ 576 visto + R$ 774 ingressos para 2 dias de parques Disney = em torno de R$ 4250, sem incluir transporte, alimentação, compras e outros passeios turísticos

E para Nova York, outro destino popular nos Estados Unidos:

R$ 3800 passagem aérea (com escala) + hotel 3 estrelas fora de Manhattan + R$ 576 visto = em torno de R$ 4376, sem incluir transporte, alimentação, compras e outros passeios turísticos

 

Conta pra gente, está abaixo do que você esperava? Queremos saber!


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7 Comentários

Camila Beatriz
Reply 26 de fevereiro de 2017

Tô passada!!! Agora é aprender pelo menos o básico do mandarim

    Renata Primavera
    Reply 27 de fevereiro de 2017

    Se você conseguir, nos conta como! Porque não conseguimos rs

Nicole
Reply 31 de janeiro de 2018

Estou surpresa!!! Achei que seria bem mais caro. Começando a pensar sobre o assunto...

    Renata Primavera
    Reply 31 de janeiro de 2018

    Pois é, foi uma grata surpresa mesmo! Se precisar de ajuda no planejamento, estamos por aqui! ;)

Erica
Reply 3 de fevereiro de 2018

Nossa..muito legal..nao fazia ideia..vou colocar no planejamento futuro..

Patrícia
Reply 28 de maio de 2018

Que legal! Uma surpresa! Como seria o bate volta a Tokyo? De avião?

    Renata Primavera
    Reply 28 de maio de 2018

    Isso! Tem algumas companhias aéreas low-cost que fazem o percurso!

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