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Journey to the Center of the Earth (Tokyo DisneySea – Mysterious Land)


Tipo: dark ride com aceleração
Duração: 3 minutos
Tamanho das filas: grandes
Filas especiais: FastPass
Termômetro do medo: 2 de 5 (velocidade, aceleração, monstros animatrônicos)
Possibilidade de ficar molhado: 0 de 5 
Restrição de altura: crianças menores de 117cm não podem entrar na atração

A principal atração do Tokyo DisneySea que visitei a convite do Parkaholic em Tóquio é Journey to the Center of the Earth, dark-ride com aceleração tematizada com a obra homônima de Júlio Verne. Ela fica no centro do parque logo abaixo do Mount Prometheus e dentro da área Mysterious Island. Depois da Toy Story Mania! é a mais concorrida de todo o parque.

A atração originalmente seria um elevador de queda livre na Disneyland Paris, cuja área Tomorrowland também é inspirada pelos livros do autor francês. Quando o projeto foi descartado, ele ficou um tempo no limbo até ser reaproveitado para o parque no Japão. O elevador deu lugar a um sistema similar ao da atração Test Track, do Epcot, mas a história continuou similar, levando os visitantes por lugares no centro da Terra que nem mesmo o Capitão Nemo (alteração grande em relação ao livro, já que o personagem na realidade aparece em outras obras de Verne) conseguiu ver.

Seguindo a preciosa dica de nossa querida CEO do Parkaholic Renata Primavera, fui direto até a atração para pegar o FastPass. Chegando lá a placa no início da fila surpreendentemente indicava espera de apenas 15 minutos e, por isso, decidi deixar pra pegar o passe expresso em outra atração (em Tokyo DisneySea o FastPass ainda é de papel e precisa ser resgatado fisicamente em terminais).

Este foi o primeiro de uma série de desventuras que me fariam gastar algumas horas e mais dois retornos a Journey to the Center of the Earth ao longo do dia. Contarei o motivo a seguir.

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Fila e Tempo de Carregamento

Das duas uma: ou a placa de 15 minutos estava errada ou ela foi alterada para 45 minutos no instante em que pisei na fila, que é, de fato, muito bem ambientada. Dentro de uma mina, afinal estamos indo para o centro da Terra, percorremos lentamente estruturas rochosas iluminadas simulando lava, passando por alguns displays com roupas e equipamentos de mineração. À medida em que adentrávamos no brinquedo, o sinal de 4G lentamente desaparecia, tornando a espera ainda maior. Deveria ter pegado o Fastpass, pensei.

Os 15 minutos viraram 30, que viraram 45. À frente, uma surpresa: esse era apenas o primeiro estágio da fila. Cast Members posicionados ao final morosamente direcionavam os visitantes para elevadores que, então, nos colocaria no nível mais alto para mais alguns metros de longa espera. Isso inevitavelmente torna o tempo de carregamento da atração longo, crescendo geometricamente ao longo do dia, tal qual acontece com o Soarin em Epcot ou Disney California Adventure. Sim, eu deveria ter pegado o Fastpass, eu pensei novamente.

Mas eu já estava ali e queria muito ver essa aguardada atração logo. Afinal, 45 minutos de fila em um dos parques Disney mais movimentados do mundo não é nada.

Antes fosse só isso.

Problemas Técnicos

Eu não sabia, mas descobri naquele dia que Journey to the Center of the Earth é uma atração problemática. Nesta primeira visita de três, como disse acima, cheguei somente até a porta do elevador. Isso porque as luzes se acenderam e uma voz, em japonês cristalino, começou a falar sem parar. Sem entender, busquei em visitantes uma explicação, mas quase nenhum falava inglês.

Foi uma holandesa fluente em japonês que explicou: “o brinquedo quebrou e eles vão dar um tíquete pra você voltar mais tarde quando se voltar a funcionar“. Assim, a mesma fila que peguei para entrar eu e minha esposa pegamos para sair e receber um cartão que, este sim com inscrições em inglês, dizia que ele poderia ser utilizado nesta ou em qualquer atração – exceto Toy Story Mania! – como se fosse um Fastpass livre o dia todo. Bastava se dirigir à entrada do Fastpass e um Cast Member o recolhia. No questions asked.

Round 2

Na segunda visita realizada com o bilhete mágico, fomos um pouco mais longe. No segundo nível, após o elevador que simula a descida (quando na verdade, ele sobe), fomos direcionados rapidamente até a última fila onde o Cast Member pedia a contagem de pessoas. “Two, eu disse, embora precisei fazer sinal com os dedos para que fosse compreendido (e você se acostuma a se comunicar com gestos no Japão, é necessário).

Entramos. Sentamos no robusto carrinho de mina, que começou a se mexer e a descer lentamente pela atração escura e ambientada com cristais, pedras coloridas e fumaça. Chegou a hora de ver qual é a dessa Journey to the Center of the Earth, certo? Errado.

O carrinho bruscamente parou, a luz se acendeu e uma voz novamente tomou conta dos alto falantes. Novamente não sei o que dizia (eles falam muito), mas certamente foi o mesmo que ouvi naquela mesma manhã: “quebrou, saiam”. A atração estava novamente estragada, mas dessa vez estávamos DENTRO dela.

Conhecendo o Tokyo DisneySea por dentro

Depois de mais ou menos 10 minutos sentado, dois cast members vieram e começaram a retirar as pessoas uma a uma de dentro dos carrinhos até chegar no nosso. Sem entender nada, sabia apenas que deveria seguir na fila indiana formada, andando em meio a trilhos e decorações apagadas.

Do meio das rochas uma porta se abriu revelando um enorme complexos de escadas, salas de máquinário e até escritórios. Levantei o celular para tirar uma foto – afinal quando é que eu veria as entranhas de Disney novamente? – apenas para ser rapidamente repreendido em japinglês: “No kamuras”!

Me dá meu tíquete mágico e vamos, novamente, embora daqui.

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Round Final

Voltei à Journey to the Center of the Earth mais duas vezes, prejudicando todo o fluxo de visita ao parque, para saber se a atração havia retornado a funcionar. Foi somente por volta das 20h da noite que obtive sucesso e gastei meu último tíquete premiado.

Apreensivo, fiz todo o processo de volta sem conseguir apreciar direito o brinquedo com receio dele estragar mais uma vez. Talvez por isso, minha impressão não foi das melhores: depois de descer na mina, ambientada com as tais pedras coloridas, fumaça, alguns efeitos de projeção e animais animatrônicos brilhantes que poderiam muito bem ter vindo de Pandora – World of Avatar, o carrinho entra numa pista e é acelerado magneticamente, emulando a sensação da montanha-russa The Incredible Hulk, mas mais se assemelhando em termos de estrutura com uma Test Track elevada.

E é isso. Uma dark ride com aceleração ao fim, uma subida e uma leve queda. Não conta nenhuma história concreta e traz apenas um personagem em destaque, um monstro gigante que surge momentos antes de acelerar, assim como acontecia com o Yeti de Expedition Everest. Infelizmente, sem nenhum contexto (que pelo menos eu pudesse compreender). Talvez a experiência tenha sido frustrante por todos os percalços que tivemos no dia e que, de fato, prejudicaram a atração (andei boa parte a pé e vi o que havia à frente, inclusive o mostro) e as potenciais surpresas.

Não sei qual é o funcionamento regular de Journey to the Center of the Earth, mas por vivenciar duas grandes falhas no mesmo dia, arrisco a dizer que isso pode ser mais comum do que parece..


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